A antestreia do filme “Imoshi”, do realizador Tony Nguxi, realiza-se hoje, às 17h00, no Anfiteatro Afonso Van-Dú-nem Mbinda, da Fundação Sagrada Esperança, em Lu-anda, numa sessão restrita para convidados.
Com bases científicas sólidas sobre um passado comum, o objectivo do filme é levar a sociedade angolana, africana e mundial a uma análise sobre o percurso antropológico an-cestral e a perspectiva do fu-turo no presente, de acordo com um comunicado da Comunika Angola.
O documentário é uma longa metragem de 100 minutos que aborda a história do regresso 900 anos, depois, a Kawewe, local onde os an-cestrais Ngola Kiluanje, Ke-lemá e Sakuyema definiram a estrutura sociolinguística dos estados de Angola e a expansão dos povos bantu, pelo território actualmente conhecido por Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Narrado pelo jornalista Pedro Neto, o documentário, que versa sobre os ramos da cultura, história e ciência, foi interpretado por activistas de oito países, nomeadamente Dionísio Sozinho (Angola), Mothusi Maselesele (Botswana), Isaac Dladla (Swazilândia), Rethabile Mpiti (Le-sotho), Emelva Dine (Moçambique), Mervin Claasen (Namíbia), Busisiwe Msimango (África do Sul) e Marian Kunonga (Zimbabwe).
“Imoshi” foi inspirado na recomendação da União Africana, sobre o projecto “Reimaginar África, os laços que nos unem!”, adoptado pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), com o lema “Rumo ao futuro comum!”.
A apresentação do evento estará a cargo do jornalista Ladislau Silva e contará com a apresentação da visão estratégica de comparticipação corporativa e institucional do empresário e antigo director de comunicação e imprensa da Endiama, Sebastião Panzo.
O realizador Tony Nguxi é autor de vários trabalhos discográficos, documentários televisivos, cinematográficos e obras literárias. Nasceu no Luena, cidade do Moxico.
Actualmente, o também músico tem dedicado maior tempo aos projectos culturais e é presidente honorário do projecto “Imoshi - SADC”. Tony Nguxi tem no mercado, entre outros, os discos “Taizeno” (1993), “Ákwa África” (1998), “Kazeze” (1999), “Mahamba” (1995), “Space of Love/Espaço do Amor” (2012) e “Zambeze” (2015).
Na galeria de prémios constam os troféus de melhor artista da África Austral e vídeo no Kora - Angola, África Music World (2000), MTVC (2001) e TV África (2001).
Como realizador venceu, em 2011, a categoria de melhor filme estrangeiro, na Feira In-ternacional de Cinema (FIC), com o “Meu Coração em Trevas”.
No campo literário publicou o livro “Mahamba - Verdade, Paz, Tempo e Lugar”, em 2007.